O TRANSGRESSOR

Quando meu olhar te procurou, o meu silêncio te falou o que previa;

E no instante em que te via, cenas adultas logo me vieram;

Os teus aromas me trouxeram, o incontido desejo que te fugia;

Deixei bem claro que te queria, inúmeras fantasias ali se deram!

Um temor no teu olhar, clamou por meu afastamento;

Na elevada tensão daquele momento, forte emoção parecia prometer;

Desejos mútuos a se querer, convites feitos e aceitos em pensamento;

Eu dali não sairia, antes que de ti pudesse me prover!

E num descuido do acaso, não te deixei passar em vão;

A poucos metros da proibição, os nossos corpos se encontraram;

Bocas em gula que nada falaram, um debater alucinado no coração;

Neguei juízo à minha mão, e as minhas fomes te adentraram!

Minutos velozes com sabor de eternidade;

Nem te conheço, é verdade, mas carrego comigo teu gosto;

Ultrapassei o limite imposto, vencido por tua sensualidade;

Sei que meu crime ainda te invade, quando a lembrança te ilumina o rosto!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 17/07/2008
Código do texto: T1084491
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