NO SILÊNCIO DA NOITE

A noite é que silencia...

Quando não é barulhenta...

A tristeza e a alegria

Que o dia nos apresenta.

A noite dá-nos recados

Mesmo assim, ainda é pouco

Para estarmos preparados,

E fugir do mundo louco!...

O silêncio é de ouro

E o muito ouro faz guerra...

Às vezes um mau agouro,

Deita o silêncio por terra!...

Se o silêncio não existisse,

Tinha que ser inventado

P'ra que eu às vezes te visse,

Silenciosa a meu lado!...

Com o silêncio da noite

Faz-se p'ro dia, o fermento...

E ainda há quem se afoite,

A ser sempre barulhento!...

João da Palma

João da Palma
Enviado por João da Palma em 05/02/2006
Reeditado em 11/12/2006
Código do texto: T108447