Nada

Pouco tenho e nada me resta

E o que restava de nada importou-se em leva-lo contigo

Todos os dias o passaro morto canta a mesma canção triste, e logo cedo

Posso ver sobre o meu corpo a mesma poeira que sobra ao redor do nada que me resta.

O meu verso mais bonito eu o escrevo sem tinta

Em um papel tão vazio quanto meu peito.

Com um caderno sem folhas alguma

E um pensamento cheio de nada, pois foi tudo que me restou.

Todas as vezes que o nada alguém de mim tentou tirar...

Lutei mesmo sem forças, pois o nada foi o que me deixou

E eu já não podia perder o que um dia me completou.

Mas tudo o que sei é que um dia eu hei de encontrar

Mesmo sem saber o que procuro, por que para lhe encontrar

Nada há de me parar...

Felipe Gonzales
Enviado por Felipe Gonzales em 16/07/2008
Código do texto: T1083674
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.