VAPOR NOS OLHOS [Efusões de Julho
VAPOR NOS OLHOS
[Efusões de Julho
De repente, viu
Julho termina sem suas retificações
Sem suas desculpas de inverno
Sem o comento d’alguma criação.
De repente, viu
A manhã se tornou vazia
Depois que você partiu
E o sol intolerante do feriado
Me botou de cama a tarde inteira.
Senti o mormaço nos sonhos,
A calamidade de um bramido
Inaudito ainda me arde em febre.
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De repente, viu
Você está com Deus
E eu estou sem você
Mas aí, de novo de repente
Perante Cristo
Você volta, me abraça
E me beija forte de uma vez
Me aconchegando na sua paz,
Porque me banho no lago dos seus olhos
Com toda glória e para sempre.
Neste sétimo mês (dia 15!),
Sua alma me visitou de noite,
Me abraçou dormindo
Murmurou ao meu ouvido
Infinito elo de amor
Beijou-me a nuca
E se foi, voando pela janela.
De repente, viu... (deixou-me)
Com vapor nos olhos.
Elmer Giuliano