Comitiva
A comitiva vai cortando estrada, tocando
O gado faminto e cansado; e, entre a poeira
Vermelha, ouve lamento que significa nada.
Atravessa rios e cascatas, ponte sobre
O boqueirão e desconhece o sentimento
Do seu próprio coração; se encontra obstáculo,
Apela a Deus no céu com a sua devoção.
Pára, põe os arreios no chão, faz mais
Uma vez sua prece de joelhos no chão
Prepara seu alimento e divide com o irmão
Sabe que sua estrada não é ligeira e não importa
Quando chegar; é apenas uma comitiva
Que no campo a flora e a fauna aprendeu amar.