Indefesa

A secreta voz de um anjo

soa doce nos meus ouvidos

enquanto durmo.

Ele fita-me.

O olhar trêmulo.

A alma balbucia

aflita.

Abro

às sombras do desejo

o velho baú de memórias

O hermetismo escondido

rasga vôos doloridos em meu peito.

Enquanto durmo.

E o anjo secreto abre as asas indecentes

quando desperto

(nua)

no silêncio índigo.

Indefesa.

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 15/07/2008
Código do texto: T1082116
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