Olhos de metal
Por que me penetras com esse teu metal?
Não tens sentimentos de piedade por mim?
Me matas, Kerida, cruelmente, assim...
Teus olhos bélicos me causam ferida mortal!
Brincas comigo e com os meus tormentos...
Sinto o que tu sentes... Isso me dói!
Áporo perfeito por dentro...Corrói!
Rasgo minhas vestes...Me perco em lamentos!
Mulher feminina, da boca mais linda, dos lábios rosais...
Minha doce Kerida, eterna fruta proibida,
Dos escassos laranjais...
Um dia te disse que me encantas,
Em outro, que sempre me fascinas,
Hoje, tenho um grito na garganta:
Minha Kerida...
Ainda és minha?