Meu louco amor...
É assim que meu amor transborda por você!
Começa me deixando louco que é só sufoco...
Não me contenho... Só penso em teu rosto
Na sensual simplicidade das tuas verdades
Quando você escreve algo ou abre a boca
Eu tremo todo de excitação e fico na toca
Ao ver os seus lábios... O seu pescoço...
Seu corpo torneado... Eu me contorço
Nas suas curvas... Sua cintura flexível
Na sua pele. Seu ventre. Seu colo. Sua nuca
Entorto-me possuído de uma forte emoção...
As pernas bambeiam. Ofegante respiração
E me pergunto: Estarei mesmo te amando?
Ou é só... Um misto de admiração e paixão?!
Febre sedutora que passa no filtro da razão
Mas o pensamento logo vai ao seu encontro
E fico entre perplexo e mudo... Num segundo
Fecho os olhos e lembro-me de você ao lado
Dos meus melhores beijos dados... Neste mundo
Um dia inteiro sem notícias suas... Viram meses!
Só acalmo quando a imagino nos meus braços...
Sinto a tua pele na minha e nossa alma sussurra
No mesmo ritmo. Embalo dos poemas e dos versos
É este o jeito de te amar... No compasso dos passos
Ganhando e perdendo os sentidos... Sou teu súdito!
Quando você responde e corresponde em suspiros...
Eu solto palavras inocentes, indecentes, vibrantes
E nos arranhamos na sede, na fome, na ânsia delirante
Eu viro menino! Entregue... Refém da minha menina
Tendo apenas como testemunha os lençóis de cetim
Num querer enlouquecido... No festival de festins
Viro um vadio! Um vagabundo! Poeta do mundo!
Um cheiro que invade as minhas narinas e alucina
E todo o meu corpo tremula. Solto, balbucia e pula
É querer acoplar no leito. Esperas do enlace quente
Tudo circulando vulcão... Pelas veias e centelhas
Num fogo crescendo e me corroendo por dentro
Nessas lânguidas diárias e incendiárias labaredas
Vivo e revivo assim... Entre as névoas da saudade
Por este meu louco... Sonho real de amar você!
Hildebrando Menezes