Trajetória

Quantas maravilhas no tempo ficaram perdidas,

Quantos sonhos na memória esquecidos,

Quantas palavras em vão proferidas,

Quantos atropelos sofreu este meu coração.

Porém, no fim, não há de ser nada, não há de sentir

A dor de uma punhalada, há de findar-se tranqüilo

Como a estrela enamorada, que clareia

Meu caminho sem reclamações ou risadas.

Mas quando vier, que não venha de hora marcada

Pegue-me de surpresa, deixe-me sem destreza

Por toda conspiração construída ao longo desta estrada.

Então, morrerei em seu segredo, mistério sem

Adivinhações, aplaca-me essa paixão qual reis

Perdida da invernada, deixe-me só, que não

Pedirei da minha trajetória mais nada.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 15/07/2008
Reeditado em 14/08/2008
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