Indigente

Indigente

Sem teus olhos

sou apenas um cego

jogado no espaço,

vagando os céus,

sem caminho,

deixando-me esvair

às custas do vento.

Sem teu corpo

me reduzo ao vazio,

um mendigo em desespero,

um nada sem abrigo.

Sem teus carinhos,

perambulo às noites

à procura de um alicerce

que me sustente,

sacie meus desejos,

cure meus vícios,

cessando meu estado inerte.

Sem teu ser nada sou.

Eu não vejo, não respiro,

vegeto alucinado,

entre choros e suspiros,

implorando, suplicando

por teu sangue

que me corre às veias,

por teu beijo

que renasce o meu ser,

por teu amar

que enfim me resgata

do meu estado indigente.

Edgar Martins
Enviado por Edgar Martins em 15/07/2008
Código do texto: T1081461
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