O BEIJO QUE EU TE DEI
Quando teu beijo me é negado, o meu instinto larápio acha vazão;
No vácuo de tua distração, invado o sabor de teus lábios;
Teus açucarados riachos, se acham destilados ao se dá essa emoção;
E por ocasião desse furto bem-vindo, prevalecem os rostos colados!
Teu coração canta uma canção, que fala de consentimento;
Tenta afastar-me nesse momento, onde nem mesmo a mentira te acredita;
Porque teu desejo grita, e prontamente te atendo;
Tua boca sorvendo, mesmo diante de tua tímida alma aflita!
Recostada à parede, tua fuga se torna impossível;
Teu delírio visível contrasta com a falsa vontade de ir;
Vejo teu rosto sorrir, e a reação de teu corpo é sensível;
Tua luta não era crível, porque teu anseio era comigo estar ali!
Somente a lua e ninguém mais, testemunhou aquele beijo;
Que não pediu permissão ao teu desejo, que te possuiu com sofreguidão;
Cena de intensa paixão, que no meu recordar ainda vejo;
E que conforme o meu ensejo, há de redundar em nova experimentação!!