O BEIJO QUE EU TE DEI

Quando teu beijo me é negado, o meu instinto larápio acha vazão;

No vácuo de tua distração, invado o sabor de teus lábios;

Teus açucarados riachos, se acham destilados ao se dá essa emoção;

E por ocasião desse furto bem-vindo, prevalecem os rostos colados!

Teu coração canta uma canção, que fala de consentimento;

Tenta afastar-me nesse momento, onde nem mesmo a mentira te acredita;

Porque teu desejo grita, e prontamente te atendo;

Tua boca sorvendo, mesmo diante de tua tímida alma aflita!

Recostada à parede, tua fuga se torna impossível;

Teu delírio visível contrasta com a falsa vontade de ir;

Vejo teu rosto sorrir, e a reação de teu corpo é sensível;

Tua luta não era crível, porque teu anseio era comigo estar ali!

Somente a lua e ninguém mais, testemunhou aquele beijo;

Que não pediu permissão ao teu desejo, que te possuiu com sofreguidão;

Cena de intensa paixão, que no meu recordar ainda vejo;

E que conforme o meu ensejo, há de redundar em nova experimentação!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 15/07/2008
Código do texto: T1081009
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