"Donos do Mundo"

Altas temperaturas vão derretendo

As geleiras no mundo existentes,

A terra e o ar vão sendo castigados

Por arrogantes e incompetentes,

Milhares de geleiras dilaceradas.

Branca desbotada

A vida se mantém, dócil e serena,

Torna-se nada, peixes, animais

Marinhos, os poderosos, os sarcásticos

Donos do mundo - burros que honram

Sua ignorância – Enchem a pança

Sem querer saber de nada.

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Flores mortas, rios fendidos

Nada toca a emoção dos traquinas

Opulências e mordomias

Os fazem de verdade audazes

E eleva a razão que alastra

Em sinistra crueldade.

Pássaros voam capengando

Tempos negros para os outros

Vão ficando, baleias desviam-se

Da rota, morre-se de bomba

Atômica ou pequenos projeteis

Perdidos, querem dólar

Ou petróleo sem se importar

Com a própria vida.

As chaminés estão abertas

Ladrões a vida acertam

Fecham-se os caminhos

Distribuem drogas e o amor

Afogam sem dó nem piedade.

Por antipatia, ambição, invídia,

Vai sendo a vida ceifada.

Os donos do mundo querem riqueza,

— Porém, desprezam a natureza.

Branca desbotada

A vida se mantém, dócil e serena.

A terra e o ar vão sendo castigados.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 14/07/2008
Reeditado em 14/08/2008
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