"Donos do Mundo"
Altas temperaturas vão derretendo
As geleiras no mundo existentes,
A terra e o ar vão sendo castigados
Por arrogantes e incompetentes,
Milhares de geleiras dilaceradas.
Branca desbotada
A vida se mantém, dócil e serena,
Torna-se nada, peixes, animais
Marinhos, os poderosos, os sarcásticos
Donos do mundo - burros que honram
Sua ignorância – Enchem a pança
Sem querer saber de nada.
.
Flores mortas, rios fendidos
Nada toca a emoção dos traquinas
Opulências e mordomias
Os fazem de verdade audazes
E eleva a razão que alastra
Em sinistra crueldade.
Pássaros voam capengando
Tempos negros para os outros
Vão ficando, baleias desviam-se
Da rota, morre-se de bomba
Atômica ou pequenos projeteis
Perdidos, querem dólar
Ou petróleo sem se importar
Com a própria vida.
As chaminés estão abertas
Ladrões a vida acertam
Fecham-se os caminhos
Distribuem drogas e o amor
Afogam sem dó nem piedade.
Por antipatia, ambição, invídia,
Vai sendo a vida ceifada.
Os donos do mundo querem riqueza,
— Porém, desprezam a natureza.
Branca desbotada
A vida se mantém, dócil e serena.
A terra e o ar vão sendo castigados.