SÃO COISAS LOUCAS
Aquelas
Que nos saem
Por vezes da boca
Sem repararmos
São coisas loucas
Como o amar
E nãos ser amado
São coisas loucas
O turbilhão do amor
Quando estamos
Sem nada podermos fazer
Bem no seu interior
São coisas loucas
Perdoar
E sistematicamente
Voltar a perdoar
Numa ideologia
De paz e ternura
Que escapa ao próprio Deus
À sua ideologia despreocupada
E de certa maneira pura
São coisas loucas
Palavras
Que lanço ao vento
Palavras de amor
Em forma de poemas
Ou de um gesto
Mais ternurento
São coisas loucas
O amor impossível
No qual já não acredito
Mas é sonho
Que de certa forma acalento
Pois o sonho
Para quem nada tem como eu
É
O seu eterno alimento
São coisas loucas…