SÃO COISAS LOUCAS

Aquelas

Que nos saem

Por vezes da boca

Sem repararmos

São coisas loucas

Como o amar

E nãos ser amado

São coisas loucas

O turbilhão do amor

Quando estamos

Sem nada podermos fazer

Bem no seu interior

São coisas loucas

Perdoar

E sistematicamente

Voltar a perdoar

Numa ideologia

De paz e ternura

Que escapa ao próprio Deus

À sua ideologia despreocupada

E de certa maneira pura

São coisas loucas

Palavras

Que lanço ao vento

Palavras de amor

Em forma de poemas

Ou de um gesto

Mais ternurento

São coisas loucas

O amor impossível

No qual já não acredito

Mas é sonho

Que de certa forma acalento

Pois o sonho

Para quem nada tem como eu

É

O seu eterno alimento

São coisas loucas…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 14/07/2008
Código do texto: T1079216
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