Tédio, jamais

Depois da forte chuva a piaba

Encalhara-se na poça lamacenta

De peneira fui pescá-la para saciar

As crianças que vivam no relento.

Para casa a levei, limpei, assei

E dividi em doze pedaços

Para que todos pudessem se alimentar

Do sonho lindo que sonhei.

Quando acordei o rio era de água

Cristalina, o mundo era melhor

E o tédio tinha dobrado à esquina.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 13/07/2008
Reeditado em 14/08/2008
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