Tédio, jamais
Depois da forte chuva a piaba
Encalhara-se na poça lamacenta
De peneira fui pescá-la para saciar
As crianças que vivam no relento.
Para casa a levei, limpei, assei
E dividi em doze pedaços
Para que todos pudessem se alimentar
Do sonho lindo que sonhei.
Quando acordei o rio era de água
Cristalina, o mundo era melhor
E o tédio tinha dobrado à esquina.