Flâmula do amor
Por entre as árvores um vulto caminhava
Eu o olhava humilde e sereno, cores enfeitavam
Aquele ser tão pequeno oferecendo amor
Aos que despreparados ainda se encontravam.
Luzes e mais luzes o rodeavam, cujo clarão
Formava rastro e iluminava caminhos dos que precisavam
Folhas em leque se abriam e cingiam o amor que sonhava
Caudaloso rio que era agitado no instante se calou
Pássaros admirados em seus ninhos cantavam
O hino da paz que o mundo certo dia apregoou.
Devagar as luzes foram se desfazendo, o vulto
Aos poucos desaparecendo, mas deixou voando
No ar a flâmula do verbo amar que não dá para se ver
Mas se pode com imensa alegria imaginar.