Paixão brejeira
Minh’alma vagueia no tempo e no espaço
Meu amor ultrapassa a própria imaginação,
Minha vida é pássaro ferido, que canta
A esperança, em fuga pela escuridão.
Enquanto isto, estabelecem-se contato
Razão e emoção deixando-me preso
Em teu olhar, sem dor nem compaixão.
Em tudo que faço existe amor, uma forma
De amar a mim mesmo, se eu não me amasse
Quem me amaria com tanta atenção?
Neste instante a lua torna-se minha única
Companheira, no espelho velo teu corpo
Como se fosse a última vez, minha senhora,
Amada, idolatrada e delirante paixão brejeira.