Paixão brejeira

Minh’alma vagueia no tempo e no espaço

Meu amor ultrapassa a própria imaginação,

Minha vida é pássaro ferido, que canta

A esperança, em fuga pela escuridão.

Enquanto isto, estabelecem-se contato

Razão e emoção deixando-me preso

Em teu olhar, sem dor nem compaixão.

Em tudo que faço existe amor, uma forma

De amar a mim mesmo, se eu não me amasse

Quem me amaria com tanta atenção?

Neste instante a lua torna-se minha única

Companheira, no espelho velo teu corpo

Como se fosse a última vez, minha senhora,

Amada, idolatrada e delirante paixão brejeira.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 12/07/2008
Reeditado em 14/08/2008
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