PRÂNICA
O que pode haver de mais lascivo
Que o toque insano de tuas mãos
Abrindo (com sofreguidão!) meus cabelos
Para beijar minha cabeça nua?
Eu, absoluta e obscenamente, tua.
Me dei inteira a ti
E o meu querer
Ficou tatuado no teu corpo
-imensa tormenta de delírios e delícias
Onde gravei
A ressonância dos meus ais.