FUROR

Furor

(Transposição do corpo)

(Sócrates Di Lima)

Abro a porta dos meus desejos.,

Sento-me ao podium do meu deleite.,

Deito e alongo-me á cama

Despido dos sentidos, da alma e do corpo.

Ali, inerte, cavalgo meus sonhos.,

E numa evolução do espírito.,

Numa transposição do corpo em furor,

Flutuo como anjo e vou teu encontro.

Meu corpo ávido,

Queima em chamas vivas.,

Sinto a pele em erupção.,

Qual guerreiro viril empunhando a espada,

no comando de sua tropa.

Transpasso a sanidade,

E num ato de poesia extrema.,

Encontro tuas mãos, que me acalma,

Faz-me voltar á sanidade dantes.

Segue-me sem hesitar.

Juntos cavalgamos nuvens em plumas.,

E planamos suavemente sobre a seda do lençol

que nos espera silencioso sobre a cama.

Teu corpo trêmulo roça o meu corpo nu.,

Olhos cerrados, fá-lo suspirar compassado.,

Me envolvendo no ritual da magia do amor.

Sinto o arrepio deste corpo,

quando a navalha úmida

transpassando ás portas dos meus lábios.,

Rasga os teus segredos.

QUE jorra como fonte natural da vida.,

o êxtase do prazer que me faz gritar.,

e me acabo no descompasso de um selvagem.

Como se uma lâmina afiada,

cortasse minha carne.,

amenizando meu furor lânguido,

traz-me de volta da minha

transposição do corpo.,

largado e solitário numa cama,

faz-me sentir a cruel realidade da tua ausência.

APENAS UM POEMA

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 11/07/2008
Reeditado em 07/10/2010
Código do texto: T1075323
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