DOCE VAMPIRO
É tão intimo esse ato de paixão,
De cravar as unhas na tua carne
E amarrar teus braços, sem defesa.
É tão viril esse teu corpo pálido,
Tão quente esse teu sangue morto.
Como um lago de tormentos
E como mordidas no pescoço,
Doce vampiro.
É tão intimo esse ato de prazer,
De destilar a carne como comida
E capturar o ar com lágrimas de sangue.
É tão doce esse teu sangue,
Tão doce quanto uma taça de vinho.
É tão inspirador esse meu ódio
Como as minhas lembranças,
Doce vampiro.
Vem sugar o ódio que meu coração esquece,
E o tempo trás de volta,
Mata tua sede, no licor rubro.
Brinda a morte do amor e ódio,
Vem abrir meu coração,
Para sugar o amor que sinto.
Doce vampiro.
Você me dá água na boca,
Como se fosse produtor da minha embriaguez.
Meu anjo negro, divino e vulgar.
Doce Vampiro.