Esse ou Este... AMOR?!
No exame do oftalmologista
Ele nos passa várias pistas
Para saber o melhor grau
E no vai e vem das letrinhas
O paciente vai descobrindo... Vemos!
As quantas andam... Como enxergamos
E mesmo depois das lentes escolhidas
A vista da gente parece embaralhada
Assim também é com um novo amor
Nenhum anterior pode servir de modelo
Porque para o que chega há um selo...
Uma chave que precisa ser vista com zelo
São variadas as modelagens do apreço...
Cada ser possui muito além de um preço
O termômetro é a ternura para o começo
Depois vem o beijo, o abraço e o cheiro
E aí ele se instala... Pelo corpo inteiro...
Você pode até por curiosidade comparar
Para saber se a seletiva foi acertada
Mas não adianta é pior que charada
O melhor é se declarar apaixonada...
Se a vontade é estar com a pessoa...
Mesmo que para você ela é a errada
Há algo em ti que te leva à danada
Esse ou este? Só você vai saber...
Quando é ‘esse’... É subjetivo!
Já se é ‘este’! Passa a ser objetivo!
E entre o indefinido... Lá distante...
O melhor é o imperativo! Presente!
Para mim funciona assim o coração
Com suas manhas e a visão da emoção
Há que se ter paciência nesta situação
Para que a escolha não seja a da atração
Mas àquela pela qual se dá à química
Pela pura alquimia de uma boa sintonia
Seu corpo, sua pele, sua alma e energia
Para que a escolha da lente certa seja o amor
Hildebrando Menezes