BEIJA-ME, OH BEIJA-ME

Poema baseado nas músicas do grande David Fonseca

BEIJA-ME, OH BEIJA-ME

Quando passarem as nuvens

Negras

E for destapado

Por fim o véu

Do mistério que nos separa

O teu sonho por fim será o meu

E eu então hei-de sussurrar

Beija-me, oh beija-me

Até a noite

Se espraiar

Por completo

E por completo

Assumirmos o luar

Aceitarás o meu braço de estrelas

Que pelo Universo fora

Te quer levar a passear

Enquanto murmuro

Beija-me, oh beija-me

Aceitaremos nessa altura

A nossa eterna juventude

Da natureza imortal

Em que trincamos a maçã

Trocando de pele ferida

Com a pureza de quem se ama

Sabendo que ninguém nos levará a mal

Nessas palavras e gestos consumados

Beija-me, oh beija-me

Porque a coisa que mais quero

É ter-te a meu lado

Saídos ambos

Dos campos de cinzas

Onde nos quiseram sepultar

Depois de mais uma guerra de amores fracassados

Onde tivemos a força e o ânimo

De nos levantar

Pela simples

E fundamental razão

De sermos acima de tudo

Sobreviventes

De infinitas batalhas

Perdidas

Ou ganhas

Na plenitude

De sabermos

Que a vitória final

Será sempre nossa

Pois é pertença nossa o segredo

Do existir

Onde não existe

Nem conhecemos

A palavra desistir

Pois cada segundo

Torna-se maravilhoso

Cada hora um milagre

E cada dia um dom

Desde que saibamos

Perante as adversidades

Estarmos sempre

Um com o Outro

Amando-nos

Até as estrelas e tudo o resto morrer

Até nada mais restar

No Cosmos

Onde só se ouvirá

O som

Dos nossos corações juntos a bater

Beija-me, oh beija-me!

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 09/07/2008
Código do texto: T1072062
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