NA TUA CAMA
É madrugada e o som do vento à janela, silencia minha chegada;
Meio adormecida e levemente acordada, assim te encontro;
Meu anseio já pronto assedia tua ânsia quase preparada;
Decidida mas amedrontada, me resiste enquanto te afronto!
Minhas mãos te percorrem, tua boca diz não e teu sussurro diz sim;
Quando olhas pra mim, ouço tua volúpia a me implorar;
Pra teu corpo acasalar e à tua sede pôr fim;
E assim sob a coberta carmesim, digladiou-se o nosso amar!
Tuas curvas tornaram-se reféns, de meus músculos contraídos;
Os teus seios rendidos, ao passeio de meus lábios;
Visitei teus íntimos palácios, desvendei teus mistérios proibidos;
Empurrei aos precipícios, toda timidez de teus embaraços!
Horas de paixão e nenhuma palavra, até o adeus;
Fui e levei os aromas teus, deixando meu néctar em ti;
Aquela noite sempre irá existir, apesar de teus futuros não serem meus;
Só lamento ter de olhar os olhos teus, e fingir que jamais te vi!!