NA TUA CAMA

É madrugada e o som do vento à janela, silencia minha chegada;

Meio adormecida e levemente acordada, assim te encontro;

Meu anseio já pronto assedia tua ânsia quase preparada;

Decidida mas amedrontada, me resiste enquanto te afronto!

Minhas mãos te percorrem, tua boca diz não e teu sussurro diz sim;

Quando olhas pra mim, ouço tua volúpia a me implorar;

Pra teu corpo acasalar e à tua sede pôr fim;

E assim sob a coberta carmesim, digladiou-se o nosso amar!

Tuas curvas tornaram-se reféns, de meus músculos contraídos;

Os teus seios rendidos, ao passeio de meus lábios;

Visitei teus íntimos palácios, desvendei teus mistérios proibidos;

Empurrei aos precipícios, toda timidez de teus embaraços!

Horas de paixão e nenhuma palavra, até o adeus;

Fui e levei os aromas teus, deixando meu néctar em ti;

Aquela noite sempre irá existir, apesar de teus futuros não serem meus;

Só lamento ter de olhar os olhos teus, e fingir que jamais te vi!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 09/07/2008
Código do texto: T1071957
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