A TI... DESCONHECIDO MISTERIOSO
Viestes de distâncias ignoradas,
Correstes solidões adormecidas.
E como algo estranho, ancorou,
Junto ao cais de minha vida...
E os ventos que o trouxeram, já cessaram
As ondas remotas que sulcastes,
Entre águas verdes, e espumas brancas do mar...
Já desfaleceram,
E ficaram perdidas noutras noites.
E as estrelas sem fim que iluminaram
Já não existem... Já não as vejo,
Já se apagaram...
Viestes de distâncias ignoradas,
E ficastes a sombra,
Sim, a sombra o meu silencio...
E aqui sobre as águas mansas e recolhidas,
Sobre o sol que o aqueceu... sobre as areias,
És a sugestão indefinida,
De tudo o que em meu ser,
Ficou distante de tua vida...
E quando me supões,
Mais ausente, de alma diluída,
Na infecunda tristeza de mim mesma,
E quando mais te sonho,
É quando mais te amo...