SUBURBIA (Canção de Amor do futuro)
As luzes
Apagam-se
E acendem-me
Nunca hão-de parar
E é
No lusco-fusco
Da grande e perdida urbe
Que te hei-de encontrar
Suburbia
Nem sol
Nem chuva
Se conseguem ver
E muito menos sentir
Pelo tamanho das construções
Que até as estrelas
Que nos dão vida
Parecem cobrir
Suburbia
Onde a esperança
Parece esvanecer
E o coração
Esmorecer
Tudo começa
Quando o sonho
Dá a ideia
Certa e errada
De desaparecer
Suburbia
Nos ritmos sibilantes
Da música mecânica
Que está em todo o lado
Onde a melodia ausente
Só existe nos corpos
Que são por esse som do futuro
Embalados
Suburbia
Pois somos do futuro
E é na perspectiva do futuro
Que fomos educados
Amando-nos
Por necessidade
Mas também por hábito
Na razão predominante
Que nesta cidade sem fim
Nunca ninguém deve ficar abandonado
Mesmo que eu esteja num extremo dela
E tu estejas
Do outro lado…
Suburbia