Aninha
Não captei palavras dos seus olhos
Que embora vivos e brilhantes
Refletiam a mim o medo de olhá-los.
Não compreendi brilho algum dos seus olhos
Que embora sedutores e comunicativos
Transmitiam a mim a incerteza.
Não senti o aroma de seu perfume
Que embora lúcido e natural
Falava a mim sobre a guerra da minha insensatez.
Ah! como sou ingrato com este ser enamorado
Que não reage à maior energia entre os humanos
Não é frigidez, tampouco indecisão dos sentidos.
Ah! como sou cruel com este ser acuado
Que sente, vive e incorpora
Porém, encurralado pela própria solidão
Não transmite os impulsos e nem os gestos.
Não, não quero ser Beatriz
Nem transmitir a energia de um anjo…
Sinta-me...
Veja-me...
Toque-me...
Assim quero!...