Priscila (2ª parte)
Sua voz pausada e suave vagou por um curto espaço
Penetrou nos meus ouvidos debilitados
E tão claramente eletrizou os meus neurônios letárgicos.
Seu olhar penetrante e correspondido circulou pelo meu corpo todo
Limpou o meu sangue nicotinizado e acelerou a pulsação
Não pude mais controlar meus gestos
E assim, deixei sua liberdade me aprisionar.
Olhei o palhaço espantado
Que refletia o espanto da pintora
E respirei ainda mais doce
O doce sorriso do meu espanto...
(pausa)...
Houve couve, ouve a ilha
Tela viva, morta paisagem
Fome, alho, prato e frango...
(pausa)...
Sua voz pausada, e seu olhar penetrante...