Entre o real e a fantasia

Muitas são as vezes em que estendo minha mão

na esperança de encontrar a sua,

quando sinto desabar os sonhos mais antigos

que mantinham-me sempre em suspenso,

acima das nuvens negras e frias,

irradiados pelo sol de todas as manhãs...

E, às vezes, em raros momentos, eu sinto você.

Sinto sua presença socorrendo-me nessa aflição,

e meu medo desaparece ao primeiro raio de sol.

As milhas que nos separam agora,

delimitam ações que prescrevem o tempo,

inalterado em acontecimentos tão iguais,

precário em dádivas escondidas,

repleto de instantes cada vez mais banais...

Na ilusão de um desejo tão desejado,

Faço do sonho mais que sonhado

O acalanto para adormecer...

Infindas distâncias entre o que penso e o que tenho.

A mão estendida fica solta nesse vazio,

e eu, sem saber se agora choro ou sorrio,

na verdade, desanimo quando amanhece,

vendo que você sempre esquece

das razões pelas quais aqui eu venho...

SATURNO
Enviado por SATURNO em 06/07/2008
Reeditado em 09/06/2013
Código do texto: T1067546
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