Entre o real e a fantasia
Muitas são as vezes em que estendo minha mão
na esperança de encontrar a sua,
quando sinto desabar os sonhos mais antigos
que mantinham-me sempre em suspenso,
acima das nuvens negras e frias,
irradiados pelo sol de todas as manhãs...
E, às vezes, em raros momentos, eu sinto você.
Sinto sua presença socorrendo-me nessa aflição,
e meu medo desaparece ao primeiro raio de sol.
As milhas que nos separam agora,
delimitam ações que prescrevem o tempo,
inalterado em acontecimentos tão iguais,
precário em dádivas escondidas,
repleto de instantes cada vez mais banais...
Na ilusão de um desejo tão desejado,
Faço do sonho mais que sonhado
O acalanto para adormecer...
Infindas distâncias entre o que penso e o que tenho.
A mão estendida fica solta nesse vazio,
e eu, sem saber se agora choro ou sorrio,
na verdade, desanimo quando amanhece,
vendo que você sempre esquece
das razões pelas quais aqui eu venho...