Perdão, te amo

Suas noites foram longas
Seus olhos viveram molhados
Seu rosto por longo tempo
Manteve-se abatido (a).
As lágrimas fizeram parte
De todos os seus dias.
Por anos tirei sua alegria
Matei suas esperanças
Após tantos sonhos que teve
Quando eu era ainda criança.

Fui uma grande cruz
Transformei seus sonhos
Em eternos pesadelos
Fui pouco a pouco matando
Seu prazer em viver
Chegando até pensar
Em morrer, para não mais me ver
Tanto sofrer.

Mas algo que é de mãe, é de pai
Ainda que a luz
Parecia não mais haver
Raras vezes a esperança
Distante tornava aparecer
E suas forças renascer.

Hoje com meus olhos em lágrimas
Beijo seu rosto,
Seguro suas mãos
Limpo seu pranto
Que não é mais de tristeza
Mas de felicidade
Porque seu filho voltou
Alegre, feliz, renascido
Que das cinzas surgiu
É te pede perdão
Por tanto te fazer
Ter sofrido.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 06/07/2008
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