Poliana

Princesa dentre todas as Helenas

Graça e desgraça dos que te desejam

E não te possuem:

Tu és a face literária dos trovadores.

Estiveste um dia frente a frente a este poeta

Que desfaleceu de paixão diante de tal formosura

Sorriste sem mesmo mexer os lábios

E desprezaste aquela imagem que logo te amou.

Socorre-me do infortúnio da esperança

Coração palpitante ao me lembrar da amada

Que vaga por desfiladeiro sem destino

Eco que jamais retornará, será?

Abraço-me na inconstância da imaginação

Letras espalhadas nos mais escondidos neurônios

Obra dos pensadores solitários

Que materializam os seus mais impossíveis prazeres.

Se te chamo Helena

E te aclamo como a mais perfeita das felicidades

É porque tu és a doutrina de minha sorte

Hoje, e sempre, teu amado.