Nanna (reencontro 3)
Posso sentir o peso da luz noturna
Um céu tão sombrio quanto miraculoso
Onde os pensamentos vagam pelo desconhecido
Ecos vindos de desfiladeiros infinitos.
Sua presença encobre este resto de loucura
Não está diante desta pupila crente
Mas é, sobretudo é, nesta massa encefálica perseverante.
Sua boca não fala nem resmunga qualquer palavra
Talvez distante que está dos meus clamores
Mas este obstáculo é a própria ponte que nos resta
Fica a dor, o sofrimento e a esperança
Mesmo assim passo incólume, e quero.
Não há luz ou escuridão que me refreie
Não há calor ou frio que me impeça
Sou aquilo que espero de mim
Cem vezes quantas vezes forem necessárias.
A madrugada impede meu sono
O sol escurece minha visão
Não me importo se há lua
Ou se a escuridão é verdadeiramente escura.
Onde foram as respostas? Onde está a claridade?
A explicação é a luz que existe
Mas que não se vê...
É a escuridão que está lá
Mas que não se vê...
Às vezes, a razão é maior que a verdade...