Megera
Tal qual náufrago remeto
trôpegos versos calados
âncoras lançadas
em águas distantes.
Sem resposta, arreto.
Tal qual pintor desenho
silhueta frágil
profanando o credo
de nudez incauta
Lépida e fria, desdenho.
Emaranhado na espera
Ato-me em nós
Fustigo meu coração
Lascivo por teu desdém
Flagelo de amor, megera.
(Poesia publicada também no site http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/?s=ana+maria+maruggi )