A QUEM ME DEU A VIDA

Eu sempre quis

Te prestar uma homenagem

Através de uma mensagem

Em poesia ou em canção,

Não conseguia.

Muitas vezes começava

Porém nunca terminava,

Me faltava a inspiração.

Porém agora

Que eu tenho a poesia,

Acabou minha alegria

Pois a Senhora partiu.

Levou consigo

A razão da minha vida

Me deixando sem guarida,

Só me restando o vazio.

Mamãe querida,

Era a minha consciência

Que fazia exigência,

Exigindo perfeição.

Achar palavras

À pessoa tão querida

A quem devemos a vida,

Não é muito fácil não.

Busquei na lágrima

Gotejante da ansiedade

Desta dor, desta saudade

Que eu sinto da Senhora,

A inspiração

Que eu tanto procurava

Que eu tanto precisava,

E só encontrei agora.

Foi no meu pranto

Que eu achei todas palavras

Que antes não encontrava

Para te homenagear;

Receba agora

Lá no céu, mamãe querida,

O que em toda minha vida

Não consegui te ofertar!

Santa Luzia, 30.09.82

Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 04/07/2008
Código do texto: T1065149
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