O corredor de espelhos

I- A ESTÉTICA

Na porta de onde o conhecimento acontece

Olho-o ao longe e, na verdade, não me atrai.

... Somente me cativa

A estética...

... da garota...

Da filosofia

Que se vai embora

Pelo corredor afora

II – A TEXTURA

Toco o ar com meus dedos...

(Infalíveis – infaláveis)

Que observam os olhos

De uma dama

Que se vai...

flutuando...

Em parcos passos poucos

Sonoros

Pelos patamares

Da filosofia

Com suas pálpebras

Cobrindo os seus dois

Brilhantes e preciosos

Olhos

Que teimam precisos

Em irromper em luzes

De quantos textos!?

De mil texturas!

E, silenciosos,

Observam o chão... Gritante.

III – A IMAGEM

São parcos teus passos de espelho

Nos vidros do corredor.

Neles afagas tuas madeixas

No breve instante em que os cruza.

E, como se admira

Com olhar sedutor

Sob si mesma...

Caso os espelhos não fossem sólidos

Dançavas consigo mesma!

Que teu texto teste as tuas tentações!

Que teus reflexos reflitam a tua vaidade!

Que tua imagem diga muda as verdades!

Que tuas palavras sejam neutras de ações!

André Raboni
Enviado por André Raboni em 04/07/2008
Código do texto: T1065019
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