Perdoa-me por assim tão leve...
Perdoa-me por ser assim tão leve, tão solta, tão desprendida....
É que a vida corre em meu sangue como gritos de amor
Que ecoam com velocidade e sem destino
Não saberia ser apenas um vulto quando tudo que quero
É ser de corpo e alma presença intensa.
Não saberia ser convencional se a vontade que tenho é de ser despojada
Perdoa-me por ser assim, tão intensa, tão real, tão palpável, tão inteira...
Não saberia ser parte, metade do que desejo...
Não saberia ser pouco, menos do que quero lhe dar e causar.
Perdoa-me por ser assim, tão transparente, translúcida...
É que eu sei que o tempo passa e com ele passa também as loucuras
mais inquietas de uma alma apaixonada.
Perdoa-me ...
E assim eu o perdoarei por arrebatar-me, por provocar em mim o canto mais agudo e profundo da liberdade e da loucura!