Amor impossível?
Agora...
Me sinto estranho,
Revivida a alma,
Aquele estranho sentimento...
Algo que me faz ser feliz quando,
Ao menor sinal ou brincadeira,
Você está rindo,
E esse seu sorriso me faz feliz como se fosse uma vida inteira...
As dúvidas vêem fortes,
A realidade,
O medo das minhas sortes,
Por ter que admitir pra mim mesmo um amor de verdade...
O tempo é meu inimigo e,
Ao mesmo tempo,
O que mais conspira, e ainda não se compadece...
Mostra a verdade mas, ainda sim, instiga um movimento aqui dentro...
E a vida,
Tão boa, e ao mesmo tempo má,
Deixou que fosse só de ida,
Uma passagem pra onde nem posso ir e estar...
Criou o laço mais forte,
E mais longe,
Como se fosse,
O ´Sol e a Lua, intocáveis, de um o outro distante...
E assim por palavras,
Assim como os astros por raios luminosos,
Toco-a, apenas,
Sem nem sequer deixa que ela saiba, que perceba esses meus desejos...
E fraco indo,
Me vou a caminhar,
Esperando o dia em que irei ao seu casamento,
Em que irei, no segundo seguinte depois de sorrir, chorar...
Sem ter asas,
Sem poder vencer o tempo,
Sem poder falar,
E só podendo, além dos limites da terra,
Pois um toque apenas em seu rosto seria mais que tocar as estrelas;
Amar...
(Às vezes a vida é cruel, deixa o tempo agir, deixa o amor aparecer e, ainda sim, mantém a realidade ali...Cruel...Irreversível...Eu me pergunto, agora, até onde vai as possibilidades do amor diante da realidade, do tempo e da própria física...)