Aquele mar...
Não há mar que me traga a água viva
ou vivas-águas do mar
ou uma morada que me finde
em qualquer areia que eu pisar.
Ondas minhas, mágoas sufocadas,
em triste olhar de lágrimas...
coisas minhas...
coisas tuas...
coisas tão nossas...
Nado então em fado triste
e um outro mar mais longe chama-me
e tuas tranças molhadas, ó Rapunzel,
dedilham em meu cinzel...
de onde saem afoitas outras minhas palavras
que, sem virarem água,
partem de mim...
vão embora!