SEM VOCÊ SOU INDIGENTE
Quando daquele imenso silêncio da noite,
Que a insônia torturante toma-me por inteiro,
O pensamento direciona-se certeiro,
Pensar diferente é padecer com açoite.
Pensar no amanhecer é amargo,
Pois você não está ao meu lado,
Coração permanece amargurado
Sua ausência lhe impõe embargo.
Tarde triste, trabalho sem rendimento,
Sem conseguir apagar do pensamento
Detalhes, emoções de momentos
Outrora alegres, ora tormentos.
A noite cai, destrói a auto-estima,
Não compreendo este enigma,
De ter a noite com sua ausência
Tenha por mim, clemência.
Não me torture mais
Traga-me de volta a Paz.
Chega logo a madrugada
Não a suporto sem você,
Venha a mim, minha amada,
Volte a me envolver
Fique a mim arraigada,
Não me deixe por nada !
Beije-me ardentemente
Como é mestra em fazer,
Faça uma algema nos unir,
Destrua a chave de abrir.
Deixe-me de novo ser gente,
Pois serei um indigente
Com fome e sede de amor,
Se não voltar, meu amor !
Auro.