Inalar a emoção...

A paixão decifrou

O cheiro que tocou

Veio fundo e calou

Acontecendo o amor

Como vento que assoprou

Ora lento... Ora violento

Na doçura do momento

Viu-se o brilho das estrelas

Que cintilaram em chuva de cores

Pelo olhar apaixonado

Do amante extasiado

Soltando o que estava entalado

Na orgia solta e delicada

Com as armas guardadas

Só o amor em disparada

Sacia a fome da charada

Lapidada a jóia das entranhas

Vencidas todas as sanhas

Pulsadas pelas manhas

Das lágrimas... Das madrugadas

Máscaras jogadas fora

Na face do poeta que devora

Sua verdade pelo mundo aflora

Sua riqueza é a emoção!

Que explode como vulcão

Quando abre seu coração

Fica denso... Tênue... Leve

Nas esfregas e entregas

Dos seus prazeres que os leva

Porta dentro... Janelas afora...

Que permito... Despir os mitos

Colocando nu o voluptuoso cheiro

Preso... Afogado... Incontido

Dentro de um peito sofrido

Aos desejos dos apaixonados

São os cheiros do mundo

Do gozo mais profundo...

Escondido pelos labirintos

Lábios encontram a trilha

Com sutil inteligência e malícia

Rompe preconceitos e milícias

Exalando as melhores delícias

Viva o cheiro! Viva a paixão

Hildebrando Menezes

Obs: Inspirado no poema ‘Cheiros da Paixão’ da Enise

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 28/06/2008
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