Da minha casa, varanda,
Mostro ao meu filho,
Lucas Gabriel,
Como estamos no sopé,
Ao Sul,
De uma paredão granítico,
Acima da neblina,
Da Serra do Mar.

Eu e você, Márcia Fátima,
Damos uma volta em torno da casa
E contemplamos paisagens serranas
Em todos os trezentos e sessenta graus.
De repente, você saúda
As névoas chuvosas invernais chegantes
Pras terras sequiosas
Num árido verão já prolongado
Que estava insuportável pra você.

Por cima de um muro,
Olhando a leste,
Descobrimos panorama
Que jamais suspeitáramos,
Com os arranha-ceús
Do centro de Curitiba,
Em sua bacia de depressão.

Te enlaço
Contemplamos,
Te abraço.

Há quase vinte dias pra dois anos
Da tua partida
Você ainda me aparece!
Como não sou
Um romântico amante?
Como não te amei ontem?
Como não amo hoje
Um certo alguém,
Tanto, tanto, tanto?

Oh! Meus Deus!
Tende piedade de mim!
Misericórdia!

Ponde logo na real
Novo amor forte
Em minha vida
Reconstruída
Após o bombardeio!



---™Julio Cezar™©Gabriel da Fonseca©®Soares®
868. Kurita Kanibal Itinerante em 4 Barras em PR; 220607sex07h54;  Série Sonhístika.

-Às Amigas Reais e Virtuais!