Despedida adolescente
Se fomos tolos, eu não sei,
se o amor era pouco, nem pensei,
se foste-me estorvo, não achei,
se acertamos, eu tentei...
E que tu me amas,
eu bem sei
e é certo que um dia
também te amei.
Mas se tu me cabes na vida agora
é em meio a algumas memórias
e estão tão distantes de fato
que parecem-me mais ilusões
que antigos atos.
E peço-te por compaixão
deixa-me em paz, segue teu caminho,
pois não adianta o teu afeto sozinho
instigando o meu que não será manifestado.
Já nem podemos caminhar de mãos dadas
e não me é manifesto proposital mas que posso fazer?
As minhas estão claramente atadas.
É nada trivial, sei que podes perceber!
Então, até outro dia quem sabe,
quando a imaturidade nos acabe
talvez voltemo-nos a nos ver
mas até lá, quero viver!
*Texto fictício.