SER Humano
Quando o orgulho cresce
E a razão se intimida,
O amor teme
Pelo que virá.
Quando a ira se sobressai
E as palavras, afiadas como navalhas,
Ultrapassam a linha da compaixão
O homem torna-se cruel e onipotente.
Quando o sol já não aquece
E a Lua não inspira,
O Homem está doente
A Vida perde espaço.
Quando as armas nos fascinam
E a Vingança nos jubila,
Não somos mais que máquinas
Cumprindo um ingrato ofício.
Quando a voz da consciência
Foge-nos pelas brechas do ódio,
Nos encontramos num flagelo
Quase intransponível.
Quando o rancor nos motiva,
A doença felicita-se por mais um
Refúgio vitalício,
De onde não será expulsa.
Quando o amor
Nos abençoa
Somos mais, somos nós
Somos Humanos.