Não és quem eu amei...

– Vulto estranho, de antanho,

Por que me persegues em vão?

Hoje me és tão estranho...

Não abales a minha solidão!

Se um dia eu quis o teu carinho

É porque amei o que eu conheci...

“Pensava conhecer”... Suave linho,

Lençol de amor, onde adormeci...

Hoje te mostras com estranha face!

Teu agir cruel tanto me apavora!

– Foi este homem que, um dia, amaste?

– Não! Eu amei um anjo de candura...

Não o que me persegue... E me ignora!

– ... O que eu amei tinha a alma pura!...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 26/06/2008
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