Não és quem eu amei...
– Vulto estranho, de antanho,
Por que me persegues em vão?
Hoje me és tão estranho...
Não abales a minha solidão!
Se um dia eu quis o teu carinho
É porque amei o que eu conheci...
“Pensava conhecer”... Suave linho,
Lençol de amor, onde adormeci...
Hoje te mostras com estranha face!
Teu agir cruel tanto me apavora!
– Foi este homem que, um dia, amaste?
– Não! Eu amei um anjo de candura...
Não o que me persegue... E me ignora!
– ... O que eu amei tinha a alma pura!...