É tanto pedir?

À água cantareira

um pouco de alegria...

À tímida alvorada

um pouco de rubor...

À fresca erva verde

um pouco de carícia...

À clara luz do dia

um pouco de calor...

Ao grácil catavento

um pouco de elegância...

Ao terno veadinho

um pouco de inocência...

Ao largo e longo mar

um pouco de abundância...

Ao duro temporal

um pouco de inclemência...

Será tanto pedir

um pouco de silêncio...?

Ou tanto como dar

meu encravado peito

um batido e calar