A VÊNUS
Jóia do céu no colóquio astronômico, diva reluzente das manhãs e do entardecer;
Versão romana da mais avassaladora dentre todas as divindades atenienses;
Afrodites duplicadas nas infinitas luzes emitidas por meu olhar ao te ver;
Rara fonte de águas sedutoras doada em alabastros aos meus íntimos pertences!
Escultura imaginária, versos em movimento e de perfeita sinfonia;
Incontáveis formas das Mãos do Criador para a mente do artista;
Nascida nas espumas do mar, nuance celestial que exala sinfonia;
É a lua de meu dia, que nem no amor de Júpiter e Dionéia se avista!
Vieste das pinturas antigas e deste teu nome aos cupidos medievais;
Abrilhantaste as narrativas apaixonantes dos poetas mitológicos;
Nos requintados quadros, dançam ninfas e sátiros, homenageando-te um tanto mais;
E nos teatros, teu nome é dos mais notáveis e históricos!
Não obstante, vejo-me a manipular teus atributos;
Como se fora um recanto de relva sorteado a banhar-se do melhor orvalho;
Nosso leito é altar, onde meus hormônios em festa te prestam culto;
Tu és análoga aos meus fascínios, graça inefável de que honrado me valho!!