ODE À MINHA AMADA
A minha amada reluz no ouro do sol;
Ela desfila com a elegância da gaivota e o seu beijo de tâmaras me devota;
Eu sou penumbra sem ela - a minha amada é farol!
A minha amada canta com a voz das ondas;
E as águas espumantes que abraçam a fina areia são seu convite de sereia;
Eu de outras não preciso se a tenho - a minha amada ao mesmo tempo é tantas!
A minha amada é um capítulo sagrado da minha história;
Estou escrito por todo meu ser de confissões que a confundem ao meu viver;
Eu ignoro fracassos nos seus braços – a minha amada é glória!
A minha amada hidrata minha face;
Há tantas primaveras que nem vejo prantos e segue o rosto a nadar de encantos;
Eu descobri que posso voar nessas algemas – a minha amada é meu enlace!
A minha amada emprestou seus olhos ao entardecer;
Ela é figura marcante, jamais ausente de todo espetáculo fascinante;
Eu me desfaço em versos incapazes – a minha amada é vocábulo a transcender!
A minha amada é embarcação nos oceanos do amor;
Afogamentos nela são privilégios reais, protege-me de tudo, por ser-me cais;
Eu sou o infinito na minha amada – sem minha amada, nada sou!!