ODE À MINHA AMADA

A minha amada reluz no ouro do sol;

Ela desfila com a elegância da gaivota e o seu beijo de tâmaras me devota;

Eu sou penumbra sem ela - a minha amada é farol!

A minha amada canta com a voz das ondas;

E as águas espumantes que abraçam a fina areia são seu convite de sereia;

Eu de outras não preciso se a tenho - a minha amada ao mesmo tempo é tantas!

A minha amada é um capítulo sagrado da minha história;

Estou escrito por todo meu ser de confissões que a confundem ao meu viver;

Eu ignoro fracassos nos seus braços – a minha amada é glória!

A minha amada hidrata minha face;

Há tantas primaveras que nem vejo prantos e segue o rosto a nadar de encantos;

Eu descobri que posso voar nessas algemas – a minha amada é meu enlace!

A minha amada emprestou seus olhos ao entardecer;

Ela é figura marcante, jamais ausente de todo espetáculo fascinante;

Eu me desfaço em versos incapazes – a minha amada é vocábulo a transcender!

A minha amada é embarcação nos oceanos do amor;

Afogamentos nela são privilégios reais, protege-me de tudo, por ser-me cais;

Eu sou o infinito na minha amada – sem minha amada, nada sou!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 24/06/2008
Reeditado em 24/09/2009
Código do texto: T1048801
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