Delírio de amor
Abrem-se as flores, amores
Ficam a delirar; amam-se
Por amar, quando no peito
Coração não se quer calar.
A estação não é primavera,
Mas a solidão é fera
Na alma a torturar, quando
Nas árvores pássaros põem-se a cantar.
O vento no meu corpo incessante por ti
A chamar, a brisa fria
A me entorpecer, porque muito
Longe você está...
No silêncio me perco,
Atordoado tento me reencontrar
De repente vejo teu vulto, que se desfaz
No meu olhar...
E à vida segue-se em delírio a amar...