Meu estro: Você
Quando faltam palavras
Teu olhar subsiste silente
Numa aurora cabal
Na qual desvela sua idiossincrasia incomparável.
Teu lustroso olhar
No momento é minha lira
Incitando-me a compor
Madrigais infindos.
"Nele me encontro,
Nele me perco,
Nele me emociono,
Nele me fecho"
Princesa ladina
De antonomásia virtuosa,
Perto de você cada instante
É sápido e indescritível.
Seu perfume é inefável,
E nem na maior das plêiades
Se conseguiria aquilatar.
Seus ósculos cálidos
Debelam as barreiras do silêncio
Trazendo um lábil
Momento inebriante.
Sua voz tão maviosa
Converte-se em sendas
Condutoras ao coração
(-Falando nele...)
Ah! Se acalma jovem coração!
Digo quando lembro-me
De minha musa, minha lira,
Minha inspiração, meu entusiasmo,
Meu estro:Você.