Ana Cruisis
Quantas borboletas pararão de voar,
Se você, amor, assim me deixar
No inverno. Com chuva e dureza.
Que proeza, a ti faria saber.
Quantos ursos não hibernarão,
Quantas primaveras
Os sabiás - coitados! - não trarão.
Pobre felicidade,
Que se perderá nesse mundo de crendices.
Já a saudade, eu bem sei, veio orfã:
- e eu adotei.