Ainda sinto...
Ainda sinto o teu cheiro
No lençol puído
Onde ainda restam
Desenhos em relevo do teu corpo
De um momento mil vezes vivido.
Ainda dança em minha retina
Essa paisagem erótica,
O cânion entre a tuas coxas...
Todos os contornos dessa paisagem rara.
Seguro ainda entre as minhas mãos
Dois frutos redondos e tenros...
Sinto-lhes ainda o cheiro.
Teia de fino fios que se entrelaçam
Se apertam entre sulcos e estreitas paredes...
Se enroscam...se amassam!
Escalo degrau por degrau
As paisagens exóticas do teu ser.
Quero vê-la e senti-la por inteiro...
Fundir-me com ela
Sentir-me possuído...me desfazer...
Comprazer!
(J.C.Ligeski/fev.2007)