MAR

Há um novo oceano, um novo mar

Chama-se vazio, enche devagar,

Todas as lágrimas, vão lá parar

De sal as tuas o foram salgar.

Não chores triste desventurada

Não chores por não ser amada,

O frio desamor da tua alvorada

Dá-mo para mim. Não digas nada.

Estou aqui, olha, vê, repara

Sou o segredo, a coisa rara.

Anda. Faz de mim a tua estrada

Esquece esse mar de água parada.